A Mulher no contexto Associativista

A humanidade sempre esteve envolvida com o associativismo desde os seus primórdios ainda que intuitivamente. Era preciso a união para garantir uma boa caça e a pele para a vestimenta. O associativismo nada mais é que a união de comunidades que visam um mesmo objetivo envolvendo cooperação e participação pelo bem comum do grupo possibilitando alguns benefícios, sem individualidade. Assim unidos se fortalecem e transformam sua realidade, tornam-se mais competitivos.

Na visão associativista empresarial esta união tende a elevar os padrões de serviços ou produtos obtendo vantagens econômicas através da conexão entre seus membros. Pensando coletivamente é possível trocar experiências, barganhar e maximizar parceiros independente do poder econômico de cada associado criando uma visão igualitária entre empreendedores, sociedade e público diante deste quadro, associar-se é uma forma eficaz de conquista e fortalecimento.

Neste contexto associativista a mulher foi buscando seu papel empreendedor lá pelo fim do século XIX direcionando seu trabalho em prol a campanhas sociais, filantrópicas, culturais. Timidamente e muito discriminada buscou solucionar ou amenizar dificuldades financeiras, de saúde e questões sociais promovendo ações em defesa da família ou própria, com isso foi percebendo a necessidade de ampliar este trabalho envolvendo-se cada vez mais a associações e tomando espaço, gerando até mesmo ações feministas que brigavam por direitos sociais e igualitários.

Este envolvimento associativista da mulher trouxe muitas mudanças consideráveis a atuação feminina na sociedade e no empreendedorismo, mostrou que sua necessidade, capacidade e conhecimento vai muito além das atribuições familiares e sociais. O “sexo frágil” acabou alcançando notoriedade e conquistou espaço nas lideranças empresariais, ocupou cadeiras que jamais haviam sido ocupadas pelo sexo feminino, nos dias atuais lidera equipes e projetos com excelência e desenvoltura.

A mulher atualmente tem se destacado no mundo corporativista e vem influenciando muitas outras mulheres a tomar seu lugar na sociedade e no empreendedorismo.  Hoje muitas delas dedicam-se ao associativismo empreendedor com objetivo de incentivar o empreendedorismo feminino a alçar voos mais altos, nas ações desenvolvidas tem compartilhando conhecimentos e encorajado associadas a se lançar e acreditar no próprio potencial corporativo.

O panorama ainda é de discriminação e desigualdade de gênero, porém sua participação mesmo tímida vem fazendo uma diferença esplendorosa!

Neste contexto o papel do associativismo mostra-se instrumento importantíssimo que vem articular e desafiar as dificuldades e na sua união, com objetivos semelhantes, fortalecem umas às outras através de ações direcionadas por entidades representativas como as associações comerciais e núcleos setoriais, engrandecendo o trabalho de empreendedores de forma geral, promovendo debates e palestras em busca da expansão dos negócios, ampliando horizontes, articulando novas estratégias objetivando promover o protagonismo empresarial e pessoal com confiança e determinação, praticando a sororidade, contribuindo com treinamentos, acessórias e trocas de experiências, dando-se as mãos formando uma cadeia de fortalecimento, respeito e engajamento, tudo graças ao associativismo.

Esta articulação associativista enfatiza o poder de representatividade feminina, abrindo espaço para alavancar a mulher empreendedora que busca crescimento de seu negócio fazendo com que encontrem respaldo para suas dificuldades possibilitando obter soluções eficazes e crescimento através dos serviços entregues pelas ACEs (Associações Empresariais) e Conselhos e Núcleos empresariais gerando sentimento de pertencimento e fortalecimento.

Este movimento abre caminhos de visão sistêmica no qual as mulheres não só partilham com os homens o ponto de vista feminino, mas ombreiam ações de liderança e cooperação, um trabalho que vem crescendo e se renovando tomando corpo a cada passo, onde lado a lado, homens e mulheres se complementam como peças fundamentais na engrenagem corporativa e associativista unindo-se em busca de novas conquistas.

“Sozinhos chegaremos.... mas juntos, iremos mais longe e mais fortalecidos!”

Fátima Bolognese é proprietária da Lavanderia Industrial LAVOESTE em Tapejara-PR, Graduada em Pedagogia e Pós-graduada em Psicopedagogia Institucional. Faz parte do movimento associativista há 13 anos e acredita que a união é a melhor forma de fortalecimento.

 

 

Data de Publicação: 13/01/2023

Autor: Fátima Bolognese - Suplente de Coordenadoria para a Região da Cacier