O Resgate!

Informatização, ultra computadores, robôs, inteligência artificial. Cada vez mais e em maior velocidade o mundo vai tomando uma nova forma, mais virtual e menos humanizada.

Observando superficialmente o mundo parece estar de ponta cabeças, como se houvesse chegado ao fim dos tempos, com pessoas cada vez mais, trocando relações interpessoais por conectividade com máquinas que por sua vez parecem, cada vez mais, estar ganhando vida própria, livres da interferência humana.

Pessoas de toda idade afetadas pela desconexão com o mundo real, vivendo a frustração da falta de conexões humanas. Desinformadas pelo excesso de informação. Muitos são os desafios dessa fase evolutiva na qual estamos inseridos.

Certo é que a velocidade dessas inovações tecnológicas está cada vez maior e, por vezes nos sentimos à deriva, perdidos e sem rumo num mar de aplicativos, tecnologias e multiversos que tornam a vida simultaneamente mais fácil e mais complexa. Seja por não conseguirmos acompanhar toda essa evolução, seja por nos sentirmos ameaçados por ela.

Fato é que, mesmo a mais poderosa INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL capaz de substituir um alto executivo ao acompanhar performance, compreender orçamentos, desenvolver objetivos estratégicos e até afetar a cultura da organização, é incapaz de sentir empatia.

Pode ser até que simule essa conexão, mas não pode sentir empatia. Se séculos atrás a filosofia nos ajudou definir nossa humanidade e nos afastar dos animais, hoje se faz necessário percebermos o que nos diferencia das máquinas.

Se nossa humanidade é o que nos separa das tecnologias então é hora de buscarmos resgatar isso em nós e no outro. E o que nos difere senão a capacidade de sentir?

Sentir as suas alegrias e dores pessoais. E ser empático ao “vestir” a pele do outro colocando-se no lugar daquele, ao trabalhar seu emocional para conseguir estar verdadeiramente próximo das experiências que formam a vida do outro e não as suas próprias.

Complicado acessar isso em nós, sim é uma tarefa árdua e complexa que parte do autoconhecimento, pois é a partir dele que se pode perceber onde termina o “eu” e começa o “outro”. E, da percepção do outro é que partimos em busca da melhoria da qualidade das relações interpessoais.

Se entender que ser empático é demasiado complicado, quase inexequível, então proponho um exercício mais fácil. SE IMPORTAR! Treine o ato de importar-se com o outro. Para isso proponho um exercício bastante simples de ser executado e que traz um resultado espetacular.

APRECIAR. Um excelente jeito de mostrar que se importa é apreciar verdadeiramente as competências do outro. Mas essa apreciação deve ser verdadeira, pois se for vazia pode ser mal recebida e o tiro sairá pela culatra.

Antes de demonstrar sugiro fazer uma análise e deixo aqui um passo a passo: 1. escolha seu alvo. Pode ser um colaborador, um sócio ou mesmo um familiar, alguém que esteja próximo a você e escreva uma lista das qualidades dessa pessoa, algo a elogiar. 2. Selecione uma das qualidades listadas e fundamente sua percepção com um fato acontecido onde a pessoa demonstrou essa qualidade, registre isso. 3. Escreva de que forma isso impactou a sua vida.

Por si, isso já é um bom exercício, mas é preciso dar um passo adiante, a melhor parte! 4. Converse com essa pessoa, pessoalmente, olhos nos olhos e demonstre sua apreciação, faça o elogio a ela, diga qual fato corrobora com sua percepção e, fale como essa qualidade afeta positivamente o ambiente.

Ao fazer essa entrega, observe as expressões e reações do receptor.

Nenhuma inteligência artificial pode fazer essa entrega. Resgate as pessoas do teu convívio, mostre o quanto são importantes ao lhes dar o valor que merecem. Perceba o quanto esse exercício impacta sua vida, primeiro ao observar as pessoas, depois pela resposta delas quando lhes presta um elogio verdadeiro.

Faz parte do meu propósito impactar positivamente a vida das pessoas, espero ter impactado a sua.

 

 

 

 

Data de Publicação: 20/03/2023

Autor: Denise Pierin - Suplente da Cacinpar Mulher